Eu não gosto de festivais. Oscar, Globo de Ouro e esses lixos não passam de premiações panfletárias onde o que decide é o marketing. Talvez o que mais consiga (ou tente) fugir disso é Cannes. Mas isso entra em outra questão do porque não gosto de festivais e premiações: eles simplesmente escolhem um perfil de filme e ignoram todos os outros ao invés de serem mente aberta e aceitarem todos os tipos e gêneros - o que cai numa elitização besta.
Mas, enfim, parei com o blábláblá. Vamos aos vencedores da premiação desse ano:
PRÊMIOS
Palma de Ouro: A Vida de Adele (Abdellatif Kechiche, diretor; Adele Exarchopoulos - França)
Grand Prix: Inside Llewyn Davis (Joel e Ethan Coen, EUA)
Melhor diretor: Amat Escalante, Heli (México)
Prêmio do Juri: Like Father, Like Son (Japão)
Melhor Ator: Bruce Dern, Nebraska (EUA)
Melhor Atriz: Berenice Bejo, The Past (França/Itália)
Melhor roteiro: Jia Zhangke, A Touch of Sin (China)
UN CERTAIN REGARD
Melhor filme: The Missing Picture (Rithy Panh, Camboja/França)
Prêmio do Juri: Hany Abu-Assad, Omar (Palestina)
Melhor Diretor: Alain Guiraudie, Stranger by the Lake (França)
Prêmio Futuro: Fruitvale Station (Ryan Coogler, EUA)
A Certain Talent: Elenco de La Jaula de Oro (Diego Quemada-Diaz, Máxico/Espanha)
OUTROS PRÊMIOS
Camera d’Or: Ilo ilo (Anthony Chen, Cingapura)
Directors’ Fortnight Art Cinema Award: Me Myself and Mum (Guillaume Gallienne, França)
Directors’ Fortnight Europa Cinemas Label: The Selfish Giant (Clio Barnard, Reino Unido)
Directors’ Fortnight SACD Prize: Me Myself and Mum
Grand Prix da crítica: Salvo (Fabio Grassadonia, Antonio Piazza, Itália)
Visionary Prize da crítica: Salvo
Menção honrosa da crítica: The Owners (Agustin Toscano, Ezequiel Radusky, Argentina)
Melhor roteiro pela crítica: Le Demantelement (Sebastien Pilote, Canadá)
Palme d’Or curta-metragem: Safe (Moon Byoung-gon, Coreia do Sul)
Juri Ecumênico: The Past (Asghar Farhadi, França/Itália)
PRÊMIOS FIPRESCI
Competição: Blue Is the Warmest Color (Abdellatif Kechiche, França)
Un Certain Regard: Manuscripts Don’t Burn (Mohammad Rasoulof, Irã)
Diretores: Blue Ruin (Jeremy Saulnier, EUA)
O vencedor, A Vida de Adele, é baseado na graphic novel "Blue", de Julie Maroh, o drama conta a história de uma jovem que se descobre lésbica e enfrenta julgamentos da família e da sociedade ao se apaixonar por outra mulher. É dirigido por Abdellatif Kechiche e tem previsão para estrear mundialmente no dia 9 de Outubro.
Engraçado notar que Cannes fica cada vez mais underground, sendo que ano passado premiaram Amour (filme de Michael Haneke) que por mais que não seja um "arrasta-quarteirão" se mantém acessível (concorreu ao Oscar desse ano), mas A Vida de Adele é uma espécie de underground do underground.
E assim vai!
0 comentários:
Postar um comentário