O novo filme do Cabeça-de-Teia é um dos melhores filmes do herói já lançados, mas tem seus (minúsculos mas existentes) pontos negativos.
Ah, e um aviso: a crítica tem alguns pequenos spoilers.
Quando entrei no cinema nesta sexta-feira (06/07), minhas esperanças estavam numa altura média. Eu adorei os três filmes do Homem-Aranha de Sam Raimi, e apesar de ter me decepcionado com o terceiro, que poderia ter sido bem melhor, eu acreditava que aquela equipe incrível ainda poderia fazer mais um filme.
Porém, os executivos da Sony resolveram recomeçar a franquia, com o diretor Mark Webb, até agora apenas um diretor de filmes romãnticos, e Andrew Garfield como o Amigão da Vizinhança. E a escolha não poderia ter sido mais acertada. Webb nos entrega um filme que sabe dosar na medida certa a nostalgia para os fãs do Aranha, e modernizações para os novos públicos.
Como o nerd que sou, sempre me empolgo com filmes de super-heróis. Mas poucos me dão vontade de aplaudir de pé nos últimos anos. Os Vingadores me deu essa sensação, e O Espetacular Homem-Aranha também. Estão ali os quadrinhos, em movimento.
Um Herói Espetacular!
Na história do filme, Peter Parker é um adolescente marcado pelo desaparecimento dos pais. Vivendo com seus amorosos tios Ben e May, Peter começa uma pequena investigação sobre seus pais. Ele conhece o Dr. Curt Connors, cientista especializado no cruzamento de espécies, e grande amigo de seu pai. Mas enquanto tenta descobrir mais informações, Peter é picado por uma aranha geneticamente modificada, que acaba lhe dando habilidades aracnídeas. Peter sobe pelas paredes, dá saltos enormes e tem uma força incomum. Após a morte de seu tio, ele descobre seu destino. Se tornar um herói: o Homem-Aranha. Encurralado pela polícia e por um misterioso inimigo reptiliano, Peter terá que descobrir que para ser um herói, não basta só se ter poderes. É necessária a responsabilidade.
Bom, concluída a sinopse, vamos falar sobre os acertos do filme;
Pontos Positivos:
Andrew Garfield é Peter Parker. Apesar da tentativa de modernizá-lo (as cenas de skate são perfeitamente descartáveis) o Peter que conhecemos está ali, o nerd atrapalhado que se ferra, perde as pessoas que ama, e tem que aprender com cada erro que comete. A atuação de Garfield como o Aranha também é incrível. As piadinhas do Cabeça de Teia fizeram muita falta na franquia de Raimi, e aqui elas aparecem na medida certa.
O Homem-Aranha tem peso e se machuca. Isso é novidade. O Aranha de CG é perfeito e faz poses idênticas às dos quadrinhos. O herói também chega em casa cheio de cortes e hematomas. E o uniforme, apesar de ter um design levemente diferente do clássico, funciona muito bem, e como o Homem-Aranha está quase sempre em movimento, você não repara nas diferenças o tempo todo, só nos closes. As teias fabricadas também são um detalhe interessante, mas que não tem muita importância no filme.
Peter e Gwen são bem parecidos com o casal das HQs. A Gwen de Emma Stone é aquela namorada perfeita, que você quer tanto apresentar para os pais quanto dar uns amassos, e está sempre lá pra te apoiar. A química entre os dois, que aparentemente também estão namorando na vida real, dá muito certo.
Sim, o Lagarto é inteligente, mas isso não incomoda. Na verdade, o vilão é muito parecido com o Duende Verde do primeiro filme nas motivações e na história. Até a voz vilanesca na cabeça ele tem. Mas a atuação de Rhys Ifans como o cientista amargurado e o monstro doentio são tão incríveis que acabam atingindo o nível do Duende do também sensacional Willem Dafoe, tornando os vilões semelhantes e ao mesmo tempo completamente diferentes.
Os veteranos Michael Sheen e Sally Field dão um show como o Tio Ben e a Tia May. Ele é o paizão amoroso e rígido na medida certa, que ensina lições valorosas. Ela é a mãezona amorosa, que passa a mão na cabeça às vezes e se preocupa muito, mas também cumpre seu papel de protetora, e compreende Peter melhor do que ninguém.
Os pontos negativos foram muito poucos, mas não afetam o resultado final do filme.
Pontos Negativos:
A origem do Aranha ficou um pouco condensada. Desde a picada da aranha até a morte do Tio Ben e a transformação em super-herói, o filme dá uma corrida. Talvez um flashback tivesse funcionado melhor.
A história dos pais de Peter é desnecessária. Nos quadrinhos ela nunca foi contada porque nunca houve necessidade. Tio Ben e Tia May sempre preencheram o papel de pais do Peter perfeitamente. A busca de Peter por repostas acaba se perdendo quando começa sua busca pelo assassino do Tio Ben, e acaba se tornando irrelevante. Se ignorarem essa história dos pais do Peter no próximo filme, nao vai fazer muita diferença.
Concluindo, O Espetacular Homem-Aranha é um filme realmente espetacular. O Homem-Aranha que nós aprendemos a adorar está ali. Seus aliados, inimigos, motivações, tudo. Um prato cheio para os fãs e para os que ainda irão se tornar.
Tem sim seus pontos negativos, mas eles são esmagados pelo carisma do Escalador de Paredes mais querido da Marvel e por um elenco e uma direção que nos dão a esperança de uma nova franquia ainda mais brilhante para o Cabeça de Teia, que já teve um começo ótimo. Uma trilogia, hexalogia, seja o que for. Nós, fãs, pedimos. E o Homem-Aranha merece.
NOTA:
NOTA:
9 Jokers!
Trailer:
NOTAS DA EQUIPE:
Gustavo: 8/10
Pedro: 9/10
Rafael: 8/10
Vinicius: 8/10
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