quinta-feira, 7 de março de 2013

[Crítica] Branca de Neve e o Caçador


Existem alguns filmes que usam um ator ou algum título para atrair público, e até conseguem. Esse é o caso oposto de Branca de Neve e o Caçador, que já começa errando pelo título e termina com a péssima contratação de Kriten Stewart. Pense bem, nenhum desses dois elementos ( o título e a atriz principal) dão a entender que o filme se trata de um épico fantasioso (afinal, Walt Disney infantilizou o conto dos Grimm). A verdade é que, na obra original a narrativa é sombria e fantástica, distante daquela adaptação animada da Disney. É isso que o longa tenta recuperar, mas que, com o decorrer da obra, falha em alguns pontos cruciais.

Apesar de usar os elementos clássicos (espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?), o filme acerta em deixar o tom sombrio e pesado. Temos uma bela introdução, que é seguida por uma sequencia de ação empolgante, durante a fuga da Branca de Neve do castelo da "rainha má". Os personagens tem uma história profunda, e para cada ação tem um motivo. A bela Charlize Theron, se entrega ao papel da louca e odiosa rainha Ravenna, onde seus surtos psicóticos deixam o clima tenso.

A parte técnica é exemplar, onde o figurino medieval realmente convence. Sem contar os belos cenários, que variam de castelos à encantadoras florestas, muito bem filmadas pela ótima fotografia. As cenas fantasiosas tem efeitos visuais detalhados, que só ajudam na imersão. Estamos diante de um filme de aventura fantástica, longe de " o novo Crepúsculo" ou qualquer outra comparação.

Mas é ai que a adaptação se perde. A narrativa é completamente anti-climática. Temos momentos belos de emoção que são cortados drasticamente por batalhas, em uma tentativa desesperada de se parecer com um Senhor dos Anéis, por exemplo. E isso reflete bastante na protagonista, que passa de uma doce herdeira até uma guerreira nata. Faltou alguma transição, e parece que tudo foi feito às pressas.
Como já disse, a contratação de Stewart foi um erro. Primeiramente que atrai o público errado (ou você imagina que algum fã de Crepúsculo vai ver um Senhor dos Anéis?). Segundo: estamos falando da Branca de Neve, onde o próprio roteiro diz que ela representa a vida e a força. Ou seja, é uma personagem forte. Então por que contratar a atriz que interpreta a personagem feminina mais fraca e sonsa dos últimos anos? Sua atuação foi péssima, e cortou qualquer carga dramática que o longa queria passar. Mas isso é compensado com o forte e bem interpretado Caçador; Seu passado é interessante, sem contar que ele é o grande destaque das cenas de ação, e se mostra uma peça-chave. Os anões se mostram importantes, que vão desde um alivio cômico até um puxão de reviravolta. Temos grandes perseguições, batalhas épicas e lutas mágicas carregadas de tensão, caminhando para um clímax final.
Mas o final falha. Estamos diante de uma adaptação de um conto, que pode muito bem mudar o rumo da história, para evitar o clichê. Porém, A Branca de Neve e o Caçador não foge do previsível, e perde a chance de se tornar algo mais grandioso.

NOTA:





5 Jokers




Trailer: 


NOTAS DA EQUIPE:
Vinicius: 5/10
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