quinta-feira, 7 de março de 2013

[Crítica] O Planeta dos Macacos - A Origem


Reinventar uma origem é algo complicado. Ainda mais quando não se trata de um reboot. " O Planeta dos Macacos - A Origem" faz isso tocando a perfeição.

No filme, o cientista Will Rodman está em busca da cura para o mal de Alzheimer. Após a realização de alguns testes de laboratórios em macacos, uma de suas fêmeas sofre um distúrbio e é morta pela equipe de segurança. Mas antes de morrer, a macaca tem um filhote que nasce com modificações genéticas causadas pelos testes do medicamento feitos em sua mãe. À medida que cresce, esse macaco inteligente acaba adquirindo um ódio pelos humanos. E esse macaco é Cesar, o famoso personagem dos antigos Planeta dos Macacos.

Nessa parte inicial, Rupert Wyatt (diretor), cria sua própria mitologia, mas sem fugir da premissa do clássico. Ele trata tudo com delicadeza, e o filme segue com momentos de tensão, equilibrados pelas partes emocionantes, até o inicio da formação do caráter de Cesar (primata protagonista). A parte alta segue ai, focando como trama principal para depois o ponto de virada ocorrer, onde o protagonista já está formado (assim como seu grupo de rebelião), direcionando tudo para uma futura franquia.

Durante a narrativa o roteiro faz com que de fato, torçamos para os macacos - algo que, claro, pode dividir o público. O longa se divide no conflito de Will, tentando curar seu pai e Cesar ao mesmo tempo ( com uma ótima interpretação de James Franco). Cesar, por sua vez, deixa-se crescer pelo orgulho de ser mais inteligente, e quer se mostrar superior, mas não pode enquanto estiver a mercê dos humanos. É isso que o incentiva.
Cena extremamente sugestiva - a natureza julgando o homem engravatado

Fica claro que A Origem é um filme que apoia a filosofia de que o ser humano não é páreo para a natureza, por mais que ache isso. Uma mixagem de Planeta dos Macacos original com um pouco de A Revolução dos Bichos (sem a parte política, focando mais na crítica humana). O mais eficiente, na verdade, é que mesmo tendo alguns arquétipos de personagens, os principais são muito bem explorados, conseguindo passar identificação pelo drama. É uma pena que existam várias saídas forçadas, faltando coerência interna (como os macacos se apossariam da cidade sem que uma força militar mais forte interferisse?), mas nada que prejudique. 
Os efeitos especiais são perfeitos, e quase nos convencem que aqueles macacos inteligentes realmente existem, ainda mais com suas expressões, reações e movimentos tão reais.

Uma verdadeira homenagem a aclamada série O Planeta dos Macacos, que tanto marcou o cinema. Obviamente que tem seus pequenos furos de roteiro, mas cumpriu seu objetivo, e vem como surpresa do ano.

NOTA:





8 Jokers!

Trailer: 



NOTAS DA EQUIPE:
Gustavo: 8/10
Rafael:    9/10
Vinicius:  8/10
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